O Pato aqui ( para quem não se lembra, eu imito o Pato Donald ) teve que pagar o pato lá.
Cena I
O namorado: “Amor, que tal colocarmos uma foto nossa aqui ?”
A aniversariante: “Bem que ela disse...Era só um detalhe. Nem parece que foi quebrado!!”
O namorado da aniversariante: “Vamos fazer o seguinte...a gente usa um pouco de cola aqui e pronto.”
A aniversariante: “Que lindo. É um porta-retrato. Adorei! Como você disse, ela é mesmo um amor de pessoa.”
O namorado: “Vamos abrir primeiro o que a minha vizinha te deu. Estou curioso para saber o que é.”
A aniversariante: “Ufa! Já que todos foram embora, podemos abrir os presentes.”
Cena II
Minha avó: “Espero que você goste.”
A aniversariante: “Não fique chateada. O que vale é a intenção. Obrigada, a senhora não precisava se incomodar...”
Minha avó: “Comprei uma lembrancinha...mas por descuido meu, caiu no chão e...”
A aniversariante: “Fico contente que a senhora pôde vir a minha festa.”
Minha avó: “Feliz aniversário, mocinha!”
Cena III
Eu: ” Não vejo a hora dessa festa chegar e ver a cara que ela vai fazer. Quer dizer, prefiro nem estar por perto quando ela for abrir. Estou morrendo de vergonha...”
Minha avó: “Que bom que vai comigo, assim você me faz companhia. E pode deixar...vou falar que fui eu quem...”
Eu: “Claro que vou com você vó, mas o que a gente vai dizer a ela ? Ninguém gosta de ganhar presente quebrado, né ?”
Minha avó: “Pronto! Já tenho o que dar de presente para a menina. Você vai comigo? “
Cena IV
Eu: “Não quero mais esse pato de pelúcia maldito. Foi por causa dele que entrei aqui e quebrei o porta-retrato. Vamos embora dessa loja...não acredito que isso esteja acontecendo comigo, rrrrr!!”
Minha avó: “ Aqui está o dinheiro mocinha. Aproveita e embrulha esse porta-retrato para presente, por favor.”
Eu, em pensamento: “Desculpe. Mas eu vou ter que bater em você.” Era tudo o que eu queria falar para a vendedora naquele momento, mas decidi ficar quieta – em respeito a minha avó, claro.
A vendedora: “Desculpe. Mas vou ter que cobrar de você.” Era só o que aquela vendedorazinha de araque foi capaz de dizer para mim.
Eu: “ Não acredito que fiz isso ! Quebrou, e agora ?
A vendedora: “É lindo mesmo esse patinho, custa treze reais.”
Minha avó: “Que graça, quanto custa ?”
Eu: “Que fofo esse pato de pelúcia na vitrine, vó !” Não deu outra, ela me pegou pelo braço e me arrastou para dentro da loja.
Estava com a minha avó passeando no shopping, quando fui inventar de dizer isso...
Essa crônica que vocês acabaram de ler, foi escrita de trás para frente. Achei que seria mais interessante contar desse jeito.
Pequeno-momento chato: nem conhecia a menina e quem acabou pagando pelo pato fui eu – afinal, nada mais justo do que dividir o valor do porta-retrato, que EU quebrei, com a minha avó.
Pequeno-momento feliz: e já que estamos falando em pato toda hora, porque não dizer também, que a aniversariante caiu como um patinho nessa história toda? Não que ela tenha sido enganada, mas minha avó salvou a minha pele, quando assumiu a culpa por ter quebrado o presente. Ufa !
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